NOME:Manuel
Carneiro de Souza Bandeira Filho
DATA
DE NASCIMENTO:Nasceu em Recife em 19
de
Abril de 1886-faleceu em 13 de Outubro de 1968.
PRINCIPAIS
OBRAS :
*Vou-me
embora pra pasárgada
*Pneumotórax
*Andorinha
*Os
Sapos
*Cartas
do meu avô
*
CONTEXTO HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA NO CENÁRIO ARTÍSTICO NACIONAL:
Manuel
Bandeira (1886-1968) foi um poeta brasileiro. Era professor de
literatura, crítico literário e crítico de arte. "Vou-me
embora pra Pasárgada" é o seu mais conhecido poema.
Inicialmente interessado em música e arquitetura, descobriu a poesia
por acaso, na condição de doente, em repouso, para tratamento de
uma tuberculose. Os temas mais comuns de sua obra são entre outros,
a paixão pela vida, a morte, o amor e o erotismo, a solidão, o
cotidiano e a infância.
Manuel
Bandeira (1881-1968) nasceu no dia 19 de abril, na cidade do Recife,
Estado de Pernambuco. Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Souza
Bandeira e de Francelina Ribeiro, abastada família de proprietários
rurais, advogados e políticos. Seu avô materno Antônio José da
Costa Ribeiro, foi citado por Bandeira no poema "Evocação do
Recife". A casa onde morava, localizada no centro do Recife é
citada como "a casa do meu avô".
Manuel
Bandeira viajou, junto com sua família, para o Rio de Janeiro, onde
estudou no Colégio Pedro II. Em 1904 ingressou na faculdade de
arquitetura, em São Paulo, mas abandonou o curso por ter contraído
tuberculose. Voltou para o Rio de Janeiro onde tentou tratamento em
estâncias climáticas em Teresópolis e Petrópolis.
Em
1913 viajou para Suíça, em busca de cura, onde permaneceu mais de
um ano no Sanatório de Chavadel, onde conheceu o jovem e mais tarde,
famoso poeta francês Paul Éluard, internado na mesma clínica e que
coloca Manuel bandeira a par das inovações artísticas que vinham
ocorrendo na Europa. Discutem sobre a possibilidade do verso livre na
poesia. Esse aspecto técnico veio fazer parte da poesia de Bandeira,
que foi considerado o mestre do verso livre no Brasil.
Ingressou
na literatura, em 1917, com o livro "A cinza das horas", de
nítida influencia parnasiana e simbolista. Em 1919 publicou
"Carnaval", que representou sua entrada no movimento
modernista. Em 1922, Bandeira morava no Rio de Janeiro e estava
distante do grupo paulista que centralizava os ataques à cultura
oficial e propunha mudanças. Para a Semana de Arte Moderna enviou o
poema "Os sapos", que lido por Ronald de Carvalho,
tumultuou o Teatro Municipal.
Manuel
Bandeira vai cada vez mais se engajando no ideário modernista,
publica em 1924 "O ritmo Dissoluto", e em 1930 publica
"Libertinagem", obra de plena maturidade modernista. No
poema "Evocação do Recife" que integra a obra
Libertinagem, ao mesmo tempo em que tematiza a infância, faz uma
descrição da cidade do Recife, no fim do século XIX. Incorpora
também vários temas ligados à cultura popular e ao folclore.
Depois
de Libertinagem, escreveu ainda as obras "Estrela da manhã"
em 1936, "Mafuá do Malungo" em 1954, entre outras, todas
incluídas na "Estrela da Vida inteira" de 1965.
Sempre
achando que morreria cedo, por causa da sua doença, assistiu entre
1916 a 1920 a morte de sua mãe, seu pai e sua irmã. Foi eleito para
Academia Brasileira de Letras, em 1940, ocupando a cadeira 24.
Faleceu no dia 13 de outubro de 1968. Poeta que provavelmente foi a
principal figura do Modernismo brasileiro
Colaborador
em vários jornais durante toda sua vida, produziu inúmeras crônicas
e crítica artística. Foi ainda antologista (Antero de Quental,
Gonçalves Dias), historiador literário (Noções de História das
Literaturas) e biografista.