Rubens Gerchman
Rubens Gerchman (Rio de Janeiro, 1942 – São Paulo, 29 de janeiro de 2008), estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e começou a trabalhar como programador visual em revistas e editoras cariocas.
Estudou na Escola Nacional de Belas Artes (onde teve aula com Adir Botelho), porém, não concluiu o curso.
Expôs em diversas mostras de litografia e desenho, no entanto, se destacou quando suas obras passaram a ter temas urbanos ( temática essa, de grande presença em suas produções).
No início dos anos 60, sua arte era focada para os acontecimentos do cotidiano de forma expressionista. Sua arte, algumas vezes, vinha acompanhada de palavras e frases, que reforçavam as intenções da imagem reproduzida.
Em 1965 fez parte do Opinião 65 no MAM do Rio de Janeiro – participação essa, que lhe permitiu ser um dos mais importantes representantes da vanguarda carioca. Dois anos mais tarde, recebeu o prêmio de viagem ao estrangeiro do Salão Nacional de Arte Moderna e em 1968, partiu para Nova York onde aproveitou para refletir e aprimorar suas idéias artísticas. Após cinco anos na cidade novaiorquina voltou para a capital paulistana. De volta ao Brasil passou a utilizar grandes suportes, o que aparentemente, fez com que percebamos uma nova libertação, com pinceladas e cores violentas e expressivas.
Na década de 70 se apresentou nos MAM’s de São Paulo e Rio de Janeiro. Foi co-fundador e diretor da revista de vanguarda Malas Artes, transformou o academicismo, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro), em um laboratório de inventividade.
Em 1978, recebeu outra bolsa (desta vez pelo The John Simon Guggenheim Memorial Foundation – EUA) e desta vez além dos Estados Unidos, foi para o México e para Guatemala.
Até o final da década de 70, seu olhar artístico era focado na vida urbana cotidiana e na solidão humana em seu meio urbano. Depois teve sua fase negra, com imagens sociais fortes. Após uma fase carregada de intensidade, ele perdeu (nos anos 80) sua agressividade e suas mais novas conquistas foram temas com razões críticas sociais. Em seguida, Gerchman se interiorizou buscando e alcançando inspirações de seu íntimo.
Em 1981, Gerchman produziu, com azulejos, um painel para um dos SESC de São Paulo e conquistou o Golfinho de Ouro (Prêmio Governador do Estado do Rio de Janeiro como Personalidade em Artes Plásticas). Em 82, morou cerca de um ano como artista residente em Berlim à convite da Deutsche Akademischer Austauschdienst Künstler Program (Alemanha).
Participou de exposições nacionais e internacionais em diversas cidades do Brasil e em diversos países como Estados Unidos, México, França, Holanda, Colômbia, Argentina, Japão, Espanha, Canadá, Portugal, Alemanha, entre outros.
Realmente foi um grande artista urbano.
ResponderExcluirÓtimo blog.
Muito bom o seu trabalho..
ResponderExcluirParabéns