Edson Barrus
O Edson
Carlos de Barrus, Artista
plástico, artista multimídia. Em 1984, gradua-se em Zootecnia
pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No Rio de Janeiro, entre
1993 e 1994, frequenta oficinas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e, entre 1994 e 1995, no Museu do Ingá, em Niterói. Em 1997, participa da exposição coletiva Cadernos de Linguagens Visuais, no Centro de Arte Hélio Oiticica, realizada na capital carioca. Em 1998, integra a exposição O Artista Pesquisador,
no Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, e da mostra
Ubiquita: In Scatola, na Casa Degli Artisti, em Milão, Itália.
Em 2000, participa do módulo Arte e Política: Isso São Outros 500, da exposição coletiva Investigações,
e do programa Rumos, do Itaú Cultural. No mesmo ano, exposição
itinerante leva o trabalho de Barrus para as cidades de Fortaleza
(Ceará) e Recife (Pernambuco).
Em 2001, integra a mostra Panorama da Arte Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, e organiza Arttrainee,
exibição coletiva apresentada no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho,
no Rio de Janeiro. Entre 2002 e 2006, inaugura o Espaço de Autonomia
Experimental Rés do Chão, residência artística realizada no próprio
apartamento, no Rio de Janeiro, reunindo artistas e propostas
experimentais. Realiza mestrado em linguagens visuais pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro e doutorado pelo Núcleo de
Subjetividades Contemporâneas da Pontifícia Universidade Católica (PUC),
em São Paulo. No programa de pós-graduação em psicologia clínica da
mesma instituição, apresenta e desenvolve a pesquisa intitulada Cão Mulato 2.0.
Importância no cenário artístico nacional
Em 2001, Edson Barrus integra também o 27º Panorama de Arte Brasileira, exibido no Museu de Arte Moderna,
na capital paulista. Lançando um olhar sobre feridas históricas
mal-cicatrizadas e situações delicadas do cotidiano brasileiro, o artista
debate o ambiente, às vezes misterioso, no qual a arte contemporânea
nacional desenvolve-se.
Contexto Histórico
Edson
Barrus utiliza a fotografia e a instalação para compor o conjunto de
trabalhos cerzidos por um fio antropológico - a pesquisa sobre a herança
africana e a relação dela com o presente, para compreender o que é
arte afrodescendente. Participa também de outras mostras que abordam
questões políticas, como a exposição Investigações, promovida pelo
programa Rumos, do Itaú Cultural. Nela, integra o núcleo Arte e
Política: Isso São Outros 500, em que apresenta o
laboratório/escritório/instalação Base Central Cão Mulato. A
obra simula a produção genética de um cão vira-lata a partir de seis
raças previamente selecionadas.
O Cão Mulato |
O artista iniciou em 1999 uma pesquisa para a criação de uma nova
raça de cachorros. Formado em zootecnia, o artista desenvolveu uma
observação das espécies que, somada a pesquisas plásticas e sobre teoria
e crítica de arte, tornaram-se a estrutura do projeto Base central cão
mulato. O cachorro vira-latas aparece em obras paradigmáticas da
literatura brasileira, a exemplo de Vidas secas, de Graciliano Ramos, e
Cão sem plumas, de João Cabral de Melo Neto. Esses personagens
correspondem a tentativas de representar a mestiçagem no país. A
hibridização dos seres e da cultura, sua convergência, formação,
práticas e poéticas dirigem a atenção do artista.
Barrus foi convidado a integrar o programa de residências de Frestas, dentre outras ações, para plantar uma muda de Imburana no Jardim Botânico de Sorocaba. A madeira é muito utilizada pelos artesãos do agreste de Pernambuco para esculpir santos. Em ameaça de extinção, tem sido foco de investimentos da Associação de Santeiros de Ibimirim, responsável pelo plantio de cerca de mil árvores. O artista aderiu à causa e organizou um projeto de financiamento coletivo para adquirir um lote de terras destinado ao reflorestamento, contrariando a especulação imobiliária que vem ocorrendo na cidade. Assim como em Base.
Barrus foi convidado a integrar o programa de residências de Frestas, dentre outras ações, para plantar uma muda de Imburana no Jardim Botânico de Sorocaba. A madeira é muito utilizada pelos artesãos do agreste de Pernambuco para esculpir santos. Em ameaça de extinção, tem sido foco de investimentos da Associação de Santeiros de Ibimirim, responsável pelo plantio de cerca de mil árvores. O artista aderiu à causa e organizou um projeto de financiamento coletivo para adquirir um lote de terras destinado ao reflorestamento, contrariando a especulação imobiliária que vem ocorrendo na cidade. Assim como em Base.
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