quinta-feira, 16 de maio de 2019

Edson Barrus

                 Edson Barrus


  O Edson Carlos de Barrus, Artista plástico, artista multimídia. Em 1984, gradua-se em Zootecnia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No Rio de Janeiro, entre 1993 e 1994, frequenta oficinas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e, entre 1994 e 1995, no Museu do Ingá, em Niterói. Em 1997, participa da exposição coletiva Cadernos de Linguagens Visuais, no Centro de Arte Hélio Oiticica, realizada na capital carioca. Em 1998, integra a exposição O Artista Pesquisador, no Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, e da mostra Ubiquita: In Scatola, na Casa Degli Artisti, em Milão, Itália.
Em 2000, participa do módulo Arte e Política: Isso São Outros 500, da exposição coletiva Investigações, e do programa Rumos, do Itaú Cultural. No mesmo ano, exposição itinerante leva o trabalho de Barrus para as cidades de Fortaleza (Ceará) e Recife (Pernambuco).
Em 2001, integra a mostra Panorama da Arte Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, e organiza Arttrainee, exibição coletiva apresentada no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, no Rio de Janeiro. Entre 2002 e 2006, inaugura o Espaço de Autonomia Experimental Rés do Chão, residência artística realizada no próprio apartamento, no Rio de Janeiro, reunindo artistas e propostas experimentais. Realiza mestrado em linguagens visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado pelo Núcleo de Subjetividades Contemporâneas da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo. No programa de pós-graduação em psicologia clínica da mesma instituição, apresenta e desenvolve a pesquisa intitulada Cão Mulato 2.0.

 
      Importância no cenário artístico nacional

Em 2001, Edson Barrus integra também o 27º Panorama de Arte Brasileira, exibido no Museu de Arte Moderna, na capital paulista. Lançando um olhar sobre feridas históricas mal-cicatrizadas e situações delicadas do cotidiano brasileiro, o artista debate o ambiente, às vezes misterioso, no qual a arte contemporânea nacional desenvolve-se.

                 
                      Contexto Histórico


Edson Barrus utiliza a fotografia e a instalação para compor o conjunto de trabalhos cerzidos por um fio antropológico - a pesquisa sobre a herança africana e a relação dela com o presente, para compreender o que é arte afrodescendente. Participa também de outras mostras que abordam questões políticas, como a exposição Investigações, promovida pelo programa Rumos, do Itaú Cultural. Nela, integra o núcleo Arte e Política: Isso São Outros 500, em que apresenta o laboratório/escritório/instalação Base Central Cão Mulato. A obra simula a produção genética de um cão vira-lata a partir de seis raças previamente selecionadas.

O Cão Mulato

              

O artista iniciou em 1999 uma pesquisa para a criação de uma nova raça de cachorros. Formado em zootecnia, o artista desenvolveu uma observação das espécies que, somada a pesquisas plásticas e sobre teoria e crítica de arte, tornaram-se a estrutura do projeto Base central cão mulato. O cachorro vira-latas aparece em obras paradigmáticas da literatura brasileira, a exemplo de Vidas secas, de Graciliano Ramos, e Cão sem plumas, de João Cabral de Melo Neto. Esses personagens correspondem a tentativas de representar a mestiçagem no país. A hibridização dos seres e da cultura, sua convergência, formação, práticas e poéticas dirigem a atenção do artista.
Barrus foi convidado a integrar o programa de residências de Frestas, dentre outras ações, para plantar uma muda de Imburana no Jardim Botânico de Sorocaba. A madeira é muito utilizada pelos artesãos do agreste de Pernambuco para esculpir santos. Em ameaça de extinção, tem sido foco de investimentos da Associação de Santeiros de Ibimirim, responsável pelo plantio de cerca de mil árvores. O artista aderiu à causa e organizou um projeto de financiamento coletivo para adquirir um lote de terras destinado ao reflorestamento, contrariando a especulação imobiliária que vem ocorrendo na cidade. Assim como em Base.



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